OS PRIMÓRDIOS DA EVANGELIZAÇÃO: A CRIAÇÃO DAS PRIMEIRAS PARÓQUIAS

Com a chegada dos primeiros exploradores de ouro nestas terras, veio também o ouro da fé e da devoção e, bem cedo, a Igreja procurou se organizar institucionalmente. Das primeiras ermidas e capelas ainda rudimentares, passou-se à construção de Igrejas mais sólidas e decoradas artisticamente, que seriam as primeiras Igrejas Matrizes das Minas Gerais. Como o território das Minas respondia eclesiasticamente ao Bispado do Rio de Janeiro, coube ao Bispo fluminense a criação das primeiras paróquias em terras mineiras (aproximadamente 40 paróquias, das quais 23 ainda pertencem à Arquidiocese de Mariana).

Vigorava o regime do Padroado, em que os soberanos portugueses tinham a concessão pontifícia de erigir paróquias e dioceses e as provir de ministros sagrados. Assim, em 16 de fevereiro de 1724, foi emitida uma ordem régia que estabelecia a criação de novas vigararias nas Minas Gerais (20 paróquias, 13 apresentadas ao governo pelo Cabido do Rio de Janeiro e o Governador de Minas e mais 7 apresentadas pela própria Coroa). Esta Ordem reconhecia civilmente algumas paróquias criadas eclesiasticamente, estabelecendo vigários colados (que receberiam seus estipêndios do governo). Essa decisão se justificava devido “à localização, rendimento e número de fiéis” presentes nas paróquias, o que indica a robustez e o amadurecimento populacional, bem como a consolidação da vida eclesial nesses lugares. Dentre essas paróquias, 12 ainda pertencem ao atual território da Arquidiocese de Mariana e, entre elas, destacam-se as três tricentenárias paróquias: Santo Antônio de Ouro Branco, Nossa Senhora da Conceição das Catas Altas e Santo Antônio de Santa Bárbara.

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