Sendo um dos pioneiros da imprensa em Minas Gerais, Dom Viçoso fundou a Tipografia Episcopal, que já a partir de 1830 publicava o jornal Selecta Catholica (O Romano, a partir de 1844 e O Bom Ladrão, desde 1873). Era intenção de Dom Viçoso promover a “boa imprensa”, educando e catequizando seus fiéis através de jornais, livros catequéticos e devocionais. Seus sucessores seguiram a mesma proposta, até que, em 1959, Dom Oscar de Oliveira funda a Gráfica e Editora Dom Viçoso, tendo como principais publicações daquele momento “O Arquidiocesano”, órgão oficial da arquidiocese e a “Folhinha de Mariana”.
A Folhinha Eclesiástica da Arquidiocese de Mariana é um calendário reconhecido como Patrimônio Imaterial, tendo sido fundada em 1870, por Dom Silvério Gomes Pimenta, como sucedâneo aos calendários então existentes. Foi precedida pela Folhinha de Rezas do Bispado de Mariana. Hoje conta com tiragem de 300 mil exemplares. Dentre seus componentes, destacam-se orações, instruções religiosas, o regulamento do tempo e as fases da Lua (utilizando-se, para tanto, do Lunário Perpétuo para cálculos anuais e previsões acerca da variação do tempo), épocas de plantio, feriados, festas móveis e normas canônicas.
Destaca-se, ainda, na Folhinha de Mariana a presença do zodíaco: trata-se, nesse caso, de uma ressignificação do simbolismo pagão por outro cristão, relacionando-o não mais às antigas crenças greco-romanas, mas ao Cristo vitorioso sobre o velho paganismo.