Sociabilidade e piedade dos leigos

Associações confraternais, irmandades ou confrarias existem na cristandade ocidental desde o século XIII. Expressam a sociabilidade e a piedade dos leigos que procuram prestar culto a um padroeiro específico, dar assistência fúnebre aos confrades e, em casos que os recursos materiais permitam praticar, o amparo entre os pares; além do mais, tiveram um papel determinante na edificação e ornamentação dos templos em geral e igrejas paroquiais.

A proliferação de irmandades foi notável até 1750. A partir de então vão se desenvolver as ordens terceiras – de São Francisco da Penitência, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora das Mercês e São Francisco de Paula. Diferentemente das irmandades, elas se submetem a um convento de ordem primeira. Seus livros são examinados periodicamente por um provincial do convento respectivo. No Bispado, surge também a Arquiconfraria do Cordão de São Francisco, composta essencialmente por pardos. Desde os primórdios das Gerais, houve proibição régia impedindo o estabelecimento do clero regular, motivo pelo qual até o século XIX não havia monastérios, conventos e colégios da Companhia de Jesus, tão somente recolhimentos. Assim, a paisagem urbana é marcada principalmente pela presença das igrejas paroquiais, das ordens terceiras e das irmandades.

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