“Vamos à casa do Senhor!” (Sl 121,1)
A arquitetura religiosa setecentista em Minas Gerais expressa a materialidade do processo de ocupação e exploração da então capitania, pois a construção de igrejas e capelas assinalou o estabelecimento de núcleos urbanos, em função da rentável mineração. Nesse contexto, surgiram santuários erguidos em lugares destinados a acolher peregrinos. Esses espaços foram construídos em Congonhas, Santa Bárbara, Caeté, Piranga e Conceição do Mato Dentro.
Em 1757, Feliciano Mendes iniciou o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas; em 1759, o vigário José Pacheco Ferreira Vasconcelos organizou a Irmandade do Senhor Bom Jesus do Matosinhos para a construção do Santuário de Conceição do Mato Dentro e, em 1760, reaproveitando a primitiva capela, com a aprovação de D. Frei Manuel da Cruz, iniciaram as obras do Santuário; em 1767, Antônio da Silva Barcarena e Manoel Coelho Santiago principiaram a elevação da ermida do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté; em 1774, o irmão Lourenço de Nossa Senhora recebeu autorização para erigir o Santuário do Caraça, onde se encontram as cidades de Santa Bárbara e Catas Altas; o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Santo Antônio de Pirapetinga (Piranga, antigo arraial do Bacalhau) teve sua construção instituída nas últimas décadas do século XVIII, pois em 1781 o retábulo-mor foi contratado, sugerindo que a capela-mor estava concluída. Além desses, destacamos outros santuários, como: Nossa Senhora da Lapa, no distrito de Antônio Pereira (Ouro Preto); Nossa Senhora das Graças, em Urucânia; Sagrado Coração de Jesus, em Conselheiro Lafaiete; São José Operário e Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena.